Sessão de terapia - 27 anos nas costas: confusa & exausta - Caos

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Sessão de terapia – 27 anos nas costas: confusa & exausta

, por fialhogi

Sessão de terapia – confusa. chego aos 27 exausta & confusa.

Nada da minha vida foi linear, olhando por cima as linhas até formavam uma bela onda mas, acho que como a de todo mundo, ela deu um looping 2020 e a gente não entende se está de ponta cabeça ou na descida desenfreada, como em uma montanha russa. o frio na barriga é o mesmo.

Estou fechando um ciclo e começando outro, despida de qualquer expectativa por que definitivamente não tenho o controle de nada (mesmo sofrendo em toda sessão de terapia porque quero ter o controle).

E isso foi algo que (na força) aprendi. não tenho controle. Não tenho controle sobre efeitos externos da minha vida, não tenho controle das pessoas, do tempo, das expectativas … abrir mão disso foi penoso.

Porque esse controle estava ligado a uma sensação muito louca da minha personalidade – a cede de vingança disfarçada de justiça – olhando assim você nem imagina né?

Sessão de terapia – 27 anos nas costas: confusa & exausta

Passei por coisas na vida que não desejo a ninguém, traumas inquietos e no último ano tive vários gatilhos, resultado: fiquei perturbada, uma das (tantas) consequências: toda noite sonhava que matava alguém. porque isso era “JUSTIÇA” acordava e perdia o sono com o sentimento de culpa.

Orei a Deus para me libertar desse sentimento ruim, para apagar da minha memória porque não tinha culpa, e como podia alguém sair impune? Não queria esse sentimento, queria ser uma pessoa boa, como Ele ensinou.

A terapia me fez ver que essa “justiça” não está no meu controle. Não sou quem devo decidir quem e COMO deve ser punido. Deus, o universo, o karma faz o trabalho dele.

A partir disso, meu horizonte se abriu e comecei a perceber situações menos graves, que de forma muito egoista queria controlar o que era certo ou errado e com base no meu julgamento desejar que a pessoa fosse punida.

27 anos nas costas: confusa & exausta

Me perdoei e aceitei que nem sempre vou ser uma boa pessoa. boa filha. boa amiga. boa irmã. boa esposa. boa pra mim mesmo. To compartilhando isso aqui porque meu maior presente foi a terapia, poder dormir a noite, ter menos pesadelos. me redescobrir por baixo de tanta confusão.

Não gosto de glamorizar a terapia, de banalizar ansiedade e nem entro em detalhes para não ser gatilho para ninguém. É exaustivo e confuso a todo tempo mergulhar no mar que somos, nas nossas referencias e assinaturas. naquilo que fomos e projetamos.

To no meu processo de cura e isso é o que me motiva, to fazendo isso pela Giovanna do passado que sofria e pela Giovanna do futuro para que ela possa lidar melhor.

E com isso me tornei mais intima de Deus, do universo, de tudo que alimenta de forma positiva minha espiritualidade.

Dei uma pausa em todos os meus planos, tenho vivido como a maioria (espero) das pessoas – trabalho & casa. E isso está no meu controle!

Sessão de terapia - 27 anos nas costas: confusa & exausta

Então eu tento criar momentos bons. Sem pressão. E CLARO que só consegui passar por isso porque tinha minha família aqui. Minha mãe, a Valentina foram muito muito importantes para me sentir acolhida.

Sem contar que tenho o melhor companheiro do mundo que esteve ali do meu lado, dando a força, o suporte e o acolhimento que precisava, sem me julgar ou pressionar. amor bom é isso, é que nem abraço de urso.

E a Diana, minha psicóloga, por também me acolher e me direcionar para a cura com tanta sensibilidade e carinho. me sinto confortável e segura!

Nem ia fazer um texto sobre aniversário mas, por algum motivo parei para escrever e saiu isso.

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