DIREITO DAS MULHERES NA POLÍTICA
Quando as mulheres tiveram o direito de voto? Em 30 de Janeiro em 1945 quando a Europa ainda está envolvida na Segunda Guerra Mundial e o norte da Itália é ocupado pelos alemães.
Tratado por homens como algo inevitável dada a situação do pais no dia 1° de Fevereiro de 1945, o decreto legislativo confere o direito de voto aos italianos maiores de 21 anos incluindo mulheres, exceto para as prostitutas registradas que praticam a “prostituição fora do estabelecimento autorizado”.
Porém elegibilidade das mulheres – portanto não apenas a possibilidade de ir votar – foi estabelecida apenas em de 10 de março de 1946 com outro decreto.

As mulheres italianas votaram pela primeira vez em 2 de junho de 1946. Apenas algumas são chamadas às urnas alguns meses antes, para as administrações municipais e pela primeira vez na história também são eleitas duas prefeitas: Ada Natali (em Massa Fermana) e Ninetta Bartoli (em Borutta).
Uma curiosidade em 2016 por meio de um edital de um jornal em comemoração aos 70 anos do direito do voto, uma serie de mulheres deram seu testemunho de como foi participar desse momento histórico.
“É melhor ir para o assento sem batom. Como o cartão deve estar colado e não deve ter nenhum sinal de reconhecimento, a mulher, ao umedecer com os lábios a aba a ser colada, poderia, involuntariamente, deixar um pouco de batom e, neste caso, anular o voto ”
Edital Senza Rossetto – em italiano
Uma das figuras mais ativas na reivindicação do voto feminino foi a pedagoga Maria Montessori que em 1906 que escreveu nas colunas de “La Vita” um apelo para que as mulheres italianas se apresentassem nas seções eleitorais para votar: “Todas as mulheres se levantem! Seu primeiro dever neste momento social é pedir o voto político ”.
DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO NA ITÁLIA – DIREITOS DAS MULHERES
DIREITO DAS MULHERES NA POLÍTICA
Representação das mulheres na camera do senado: A Itália teve sua primeira ministra em 1976. Em 2018 (quarenta e dois anos depois do direito de voto) 27% dos ministros no governo de Conte eram mulheres. A igualdade de gênero na política fez um progresso significativo, mas ainda está longe dos principais países europeus.
A Itália é atualmente o décimo terceiro na Europa em porcentagem de mulheres ministras, e abaixo da média europeia de 30,40%.
Quando digo que sou feminista
É melhor se você olhar para o Parlamento: na 18ª legislatura há registros de mulheres nos dois ramos: na Câmara a presença feminina é de 35,71%, no Senado de 34,48%.
A paridade também está diminuindo nas Regiões, onde até 2018 havia apenas duas governadoras em 20, enquanto entre 2003 e 2015 eram cinco. Mesmo nos municípios a presença de mulheres continua baixa, com apenas 9 capitais lideradas por uma prefeita. Aqui, porém, o nos paeses está na média europeia, com um total de 14% de administrações locais ‘cor-de-rosa’.

Vou deixar aqui uma indicação de leitura, um trabalho de uma fundação, é longo, denso e em italiano, mas vale a leitura de alguns capítulos. Inclusive ele serve como base de uma serie de posts sobre direitos das mulheres na Itália.
Lembrando sempre que esses números são de mulheres BRANCAS na política e que a questão racial ainda é pouco discutida mas, vamos falar mais sobre o feminismo na Itália em um próximo post. Me ajuda, deixa uma sugestão de tema aqui!
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Gi