Sem expectativas – Como não sentir culpa por usar as redes sociais como refúgio – Google pesquisar. Bom tem um ano pelo menos que venho enfrentando crises de consciência, como ja falei em outro post sobre.

De um lado temos uma rede social que privilegia consistência (ao invés de qualidade) o que nada mais é que QUANTIDADE e um algoritmo baseado no odio. Você ja ouviu falar que o odio engaja?

Eu não sou adepta ao discurso “Para descontrair” “deixar as coisas mais leves” porque não tenho a prepotência de achar que um recorte do meu dia va realmente fazer isso. Viver em si não ta leve, a gente ta sem expectativas.

As pessoas estão a mais de um ano sem renda, os programas sociais estão quase que extintos, hospitais lotados, saneamento precário, sem trabalho …

Nessas condições de desespero a gente aceita qualquer coisa a qualquer custo, a gente precisa sobreviver um dia de cada vez.

A sensação é que as pessoas estão sem tempo para pensar na urgência das questões – pandemia – ambiente – economia – direitos de minoria. Porque elas tem que gastar muita energia para botar comida na mesa, pagar o aluguel, comprar remédio.

Porém, ao mesmo tempo sinto que não tenho propriedade ou autoridade para falar de assuntos sérios e urgentes. Talvez eu nem queira falar sobre… Ficar lembrando que a vida ta pesada sabe?

E será mesmo que o meu papel é ficar lembrando disso? Mas não falar não seria compactuar com esse governo?

Não encaro nenhum argumento como fútil, talvez como menos urgente. Quase como um “posso esperar para falar disso quando as coisas não estiverem nesse nível.

O Instagram é muito “INSTANT” – como diria uma amiga minha Giovanna Real. O MOMENTO – aquilo que não podemos ignorar. Assim como o twitter o conteúdo tem um fator de proximidade muito grande, a sensibilidade deve ser maior.

Partindo disso sinto que o blog é realmente um refugiu, porque o conteúdo aqui não tem a obrigatoriedade de ser isso.

No blog ou Youtube como os argumentos tem uma vida mais longa, a gente nao tem essa necessidade, até porque as coisas são mais programadas – e não da para programar essas coisas nessas plataformas – os conteúdos são perenes.

Ta meio confuso tudo isso? Talvez, mas o que não está nesse momento? E um paradigma. Provavelmente eu que devo complicar demais as coisas.

Eu tento analizar as coisas de forma mais racional que consigo – e isso é um esforço danado. Eu não acredito que a ignorância é uma dádiva porém sinto que as vezes preciso me alienar/entreter para não surtar.

Aquela música da Gaia nunca fez tanto sentido – Sem expectativas – Saturação da vida.